Vamos saber mais sobre deficiencia auditiva segundo o site
"wikipédia"
Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia ou
surdez) é a perda parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada
posteriormente por doenças.
No passado, costumava-se achar que a surdez era acompanhada
por algum tipo de déficit de inteligência. Entretanto, com a inclusão dos
surdos no processo educativo, compreendeu-se que eles, em sua maioria, não
tinham a possibilidade de desenvolver a inteligência em virtude dos poucos
estímulos que recebiam e que isto era devido à dificuldade de comunicação entre
surdos e ouvintes. Porém, o desenvolvimento das diversas línguas de sinais e o
trabalho de ensino das línguas orais permitiram aos surdos os meios de
desenvolvimento de sua inteligência.
Atualmente, a educação inclusiva é uma realidade em muitos
países. Fato ressaltado na Declaração de Salamanca que culminou com uma nova
tendência educacional e social.
Perda Auditiva e Hipoacusia
Os conceitos gerais sobre surdez, classificações, técnicas e
métodos de avaliação da perda auditiva, características dos diversos tipos de
surdez, etc., são fundamentais para compreender as implicações da deficiência
auditiva.
O deficiente auditivo é classificado como surdo, quando a sua
audição não é funcional na vida comum e hipoacústico aquele cuja audição, ainda
que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva
pode ser de origem congênita, causada por viroses materna doenças tóxicas
desenvolvidas durante a gravidez ou adquirida, causada por ingestão de remédios
que lesam o nervo auditivo, exposição a sons impactantes, viroses,
predisposição genética, meningite, etc.
As hipoacústicas classificam-se em função do grau da perda
auditiva, sua ordem e localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo
ou no médio é denominada como deficiência de transmissão ou deficiência mista
dependendo da intensidade da lesão. Quando se origina no ouvido e no nervo
auditivo é dita deficiência interna ou sensorioneural (estágio mais agudo da
deficiência).
Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficientemente
claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema da surdez.O
grau de perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para
amplificar um som de modo a que seja percebido pela pessoa surda. Esta
amplificação mede-se habitualmente em decibéis, como já descrito anteriormente.
Para o caso do ouvido humano, a intensidade padrão ou de
referência correspondem à mínima potência de som que pode ser distinguida do
silêncio, sendo essa intensidade tomada como 0 dB. Uma pessoa com audição
normal pode captar como limiar inferior, desde -10 dB até + 10 dB. Verifica-se
essa progressão se dá de forma exponencial ou seja multiplicando-a por dez. Logo,
pressupõem-se que 10 dB tenha uma intensidade dez vezes superior a 0 dB e 30 dB
são de uma intensidade cem vezes superior a 10 dB.
Dessa forma entende-se melhor a grande diferença entre uma
pessoa com uma perda de 60 dB, que consideramos hipoacústico, e outro com 100
dB de perda. Tendo em vista que 60 dB é mais ou menos a intensidade de um grito
a 1,5 m de distância. Portanto, compreendemos que a diferença entre uma perda
de 60 dB e 100 dB.Á última sendo considerada bem mais difícil, para o
prognóstico de reabilitação.
Contudo a medida da perda auditiva não é suficiente para medir
o real problema de audição que uma pessoa apresenta. Faz-se necessário mensurar
também qual o espectro de frequência que está afetado pela surdez. Considera-se
que as perdas auditivas nas freqüências baixas são mais prejudiciais do que as
perdas nas freqüências altas. "Para compreendermos a causa disto teremos
de analisar a relação entre a frequência de um som e o tom com que este som se
percebe". (CRYSTAL, 1983).
A frequência de um som é medida em ciclos por segundo ou Hertz
(Hz). O ouvido humano percebe sons nas freqüências entre 20 Hz e 20 000 Hz.
Entretanto a resposta perceptiva ao estímulo sonoro é
denominada tom. Porém não há uma relação entre a escala de tons e a escala de freqüências.
Mas, podemos tomar como parâmetros a escala de tons. Onde se compara o tom de
uma nota musical a exemplo a nota "lá" que poderá apresentar um grau
de entonação inferior ou superior dentro da mesma nota "lá".
Essa variação denomina-se uma oitava. "Ora bem,
percebe-se como uma oitava superior a um tom dado, o som, em termos físicos,
dobra a freqüência do primeiro. Desta forma, embora entre 2000 Hz e 4000 Hz
haja uma distância física de frequência menos do que entre 100Hz e 2000Hz,
porém à distância perceptiva de tons é muito maior". (FRY et. al., 1982).
Comparando esses valores percebemos que entre 2 000 Hz e 100
Hz há mais de quatro oitavas, porque de 2 000 Hz para 1 000 Hz há uma oitava,
ou seja, a metade da sua frequência. Por tanto de 2 000 Hz para 1 000 Hz há uma
oitava, de 1 000 Hz para 500 Hz também há uma oitava, de 500 Hz a 250 Hz há
outra e de 250 Hz a 125 Hz há outra. Entendemos agora por que as perdas
auditivas nas freqüências baixas são de muito pior prognóstico do que as perdas
nas altas freqüências.
Para um diagnóstico correto de uma surdez é preciso fazer uma
exploração audiométrica do grau de perda por relação com um espectro de
frequência que vá pelo menos de 125 Hz a 4 000 Hz, já que são estas as
freqüências mais utilizadas na fala humana.(CASANOVA, 1988).
Outro problema que deve ser levado em consideração e a relação
entre o limiar auditivo e o limiar doloroso, de forma, a saber, qual o tipo de
resíduo auditivo que poderá ser aproveitado para a reabilitação indivíduo
surdo. O limiar auditivo corresponde ao nível de intensidade necessário para
que a pessoa surda perceba o som e este limiar pode ser diferente em cada
frequência. O limiar doloroso é o ponto em que a intensidade sonora produz dor
à pessoa. A distância que vai do limiar auditivo ao limiar de dor é o que se
chama de resíduo auditivo utilizável.
O professor pode suspeitar de casos de deficiência auditiva
entre seus alunos quando observar os seguintes sintomas: Excessiva distração;
frequentes dores de ouvido ou ouvido purgante; dificuldade de compreensão;
intensidade da voz, inadequada para a situação, muito alta ou baixa ou quando a
pronúncia dos sons é incorreta.
Patologias do ouvido
A deficiência auditiva pode ser classificada como: deficiência
de transmissão – quando o problema se localiza no ouvido externo ou no ouvido
médio; deficiência mista – quando o problema se localiza no ouvido médio. E
deficiência interna ou sensorioneural – quando se origina no ouvido interno e
no nervo auditivo.
As principais patologias do ouvido humano são: as ligadas à
membrana timpânica, a deficiência de transmissão sonora no sistema
tímpano-ossicular, a rigidez nos ligamentos de suporte ossicular, a timpanoesclerose,
a fixação do martelo, a ausência no reflexo estapediano, a paralisia do nervo
do músculo estribo, a complacência da membrana timpânica ou a sua rigidez, a
lesão retrocloclear e a surdez psicogênica que é um dos distúrbios
psicogênicos.
A impedância acústica do ouvido médio é um tipo comum de
patologia. Pode ser definida como a resistência que a mesma oferece à energia
sonora que penetra no conduto auditivo externo. E há ainda as patologias
ligadas a Trompa de Eustáquio apresentando-se ou muito aberta ou obstruída e
causando sintomas como autofonia e a percepção sonora da respiração pelo
indivíduo.
Perda Auditiva Condutiva e Perda Auditiva Neurossensorial
A causa pode se dar por diversas doenças ou hábitos. Mas,
primeiramente, vamos dividir as categorias de deficiência auditiva: há a perda
condutiva, que está relacionada a anomalias na transmissão do som nos ouvidos
médio e externo e há a neurossensorial, que envolve o ouvido interno.
Perda Auditiva Neurossensorial - na perda auditiva neurossensorial,
existe uma falha do nervo auditivo. Portanto, mesmo que as ondas ou vibrações
sonoras cheguem ao ouvido interno (não haja nenhum impedimento), elas não são
transformadas em impulsos elétricos para o cérebro. Esse tipo de perda auditiva
é resultado de danos no nervo auditivo. Esses danos podem ser causados por
envelhecimento natural, ruídos muito altos, efeitos colaterais de medicamentos,
infecções virais e etc...
Perda Auditiva Condutiva - caracteriza-se quando o som não
consegue chegar até o sistema auditivo interno. Isso pode acontecer quando há excesso de cerume (cera no ouvido),
ferimentos no tímpano, infecções no ouvido médio e Otosclerose. Esses casos
agem como se fossem barreiras, impedindo que os impulsos nervosos elétricos
sejam transmitidos para o cérebro.
Classificação por origem da surdez
Os portadores de surdez patológica, normalmente adquirida em
idade adulta;
E aqueles cuja surdez é um traço fisiológico distintivo, não
implicando, necessariamente, em deficiência neurológica ou mental; este é o
caso da maioria dos surdos congênitos.
Classificação por forma de comunicação
Surdos oralizados: aqueles que se comunicam utilizando a
língua oral e/ou escrita.
Surdos sinalizados: aqueles que se comunicam utilizando alguma
forma de linguagem gestual.
Surdos bilíngues: aqueles que utilizam ambas as formas de
comunicação.
Etiologia da surdez
As causas da surdez podem ser dividias em: pré-natais,
perinatais e pós natais. As causas pré-natais são:
Hereditárias (A deficiência auditiva pode ser transmitida
geneticamente de geração em geração, particularmente quando existem casos de
surdez na família);
Doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez, tais como:
Rubéola;
Sífilis;
Toxoplasmose;
Citomegalovírus;
Herpes;
Intoxicações intrauterinas;
Agentes Físicos (como, por exemplo, os raio-X);
Alterações Endócrinas (Diabetes ou Tiroide);
Carências Alimentares.
As causas perinatais podem ser:
Traumatismos Obstétricos;
Anóxia.
As causas pós-natais podem ser:
Doenças infecciosas;
Bacterianas (ex.: meningites, otites, inflamações agudas ou
crónicas das fossas nasais e da nasofaringe);
Virais;
Intoxicações;
Trauma Acústico.
Envelhecimento Natural
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